terça-feira, 2 de julho de 2013

Poesia - Quando era uma criança


Quando era uma criança eu via
E me amedrontava com o que me conduzia.

Quando era uma criança eu temia
Quem eu era e também a poesia.

Quando era uma criança eu podia
Dominar o mundo com tamanha melodia.

Quando era uma criança eu sentia
A diferença entre texto e sentimento.

Quando era uma criança eu sabia
Que não podia mudar o momento.

Mas agora cresci
E o que sabia já não sei;
O que sentia já não importa;
O que podia já não posso;
O que temia já não temo;
E a inocência que via há muito não vejo.

Poesia - O lado de lá.


Olho pro horizonte
E já não vejo tantos montes.
Olho para o mar,
E já não há barco para me levar.

E do lado de lá
Vejo uma janela
Cheia de mundos
Prontos para explorar.

E no sonho que procede
A vida, a morte ou a sede
De tudo o que reluz
Brilho cego que me conduz.

O som dos pássaros
Belos e chorosos
Clamam pela vida
Que não vem buscar.

A vida leva
Tudo o que relevo
E relevo quase tudo
O que a vida me dá.

E vai embora o dia
Chega a noite
E mais uma vez
Me ponho a pensar.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Poesia II


Quando chega a noite
Ponho-me a pensar
No meu pesar.

Sonhe sem dormir
E é nisso que vai dar.

Dizem que você é sabía
E você já sabia
Que ele não era seu
E que nunca seria.

E então, você vem
E cria uma poesia
Para aliviar uma dor
Que há muito pressentia.

Segue a noite
Seus pensamentos
Tortos, torturam
Seus sentimentos
Loucos, procedem
Seus sonhos
Você esquece.

Segue então o tempo
E já é dia, quando você
Resolve esconder-se em descontentamento
E chorar lágrimas que não são suas.

Poesia I


Meus dedos batem no teclado, machucando-o.
Meu coração bate em descompasso, machucado.
A flor da primavera esta murchando.
E eu não faço nada. Estou chorando.

Os sonhos de outrora não existem mais.
Eu os criei e eles machucaram-me demais.

Ó bela deusa antiga íris,
Diga-me o que fazer com o pires,
Já que a xícara está quebrada.

Ó coração partido diga
O que fazer com a ferida,
O ponto de partida,

Dessa amarga dor?